RESENHA – Riveros, A Maldição Continua Parte II

By 25/01/2017Bandas, Resenhas

A maldição continua…

Sou suspeito pra falar de Riveros, desde que conheci eu virei fã da banda. O primeiro álbum eu curti tanto que saí mostrando pra todo mundo. Passou a ser mais uma inspiração quando resolvi criar minha banda Trincaosso. Vou contar um pouco da minha experiência com essa obra prima de horror nacional. Atenção – spoilers! (mas não muito)

Apresentação. O CD chegou na minha casa e eu fui muito ansioso pra abrir o pacote, a capa eu já conhecia, mas ao abrir o encarte, dei de cara com uma série de ilustrações fudidas que me deixou mais ansioso pra ouvir o som. Realmente vale a pena ter a cópia física, a experiência é outra.
Não vou me alongar muito no visual que tá muito loco, pois muitos já conhecem o trampo do Maxwell Sousa e quem não conhece, depois dá uma procurada.

Preview do album no youtube:

Play. Logo de cara eles já lançam uma referência à última música Orador da Maldição do primeiro álbum, fazendo jus ao título “E A Maldição Continua”. A primeira música, “Maldito Seja o Malvado Dr. Raymond”, já abre com dois pés no peito, letra bem estruturada, ótima melodia e Diano preparando o terreno da bateria para Andola assumir as baquetas oficiais na sequência! Tá do jeito que uma música de abertura precisa: passar o recado.

Espectros. O que dizer dessa música que mal ouvi e já considero pakas? Sem dúvida foi a que mais impressionou. O destaque vai pro Hermano que provou, pra quem tinha dúvida, que sabe o que tá fazendo tanto em composição quanto atuando nos vocais. Não tem nem muito o que dizer, tem que ouvir e sentir, e minha sensação foi de fazer parte de um filme de terror.

O estripador. As duas próximas músicas trabalham em parceria: “Jack” e “Assassino Serial” tratam da mesma figura que virou um clássico da cultura horror. Arthur marca bem o peso das músicas na guitarra acompanhado do baixo do Garrafa. Elas são enérgicas, se completam, mas tem suas individualidades.

Mortos vivos. A próxima faixa, “A Marcha da Morte”, evidencia a sequência da maldição, volta a contar a história do confronto do bando de zumbis cangaceiros. Ótima letra e reprodução. Destaco a frase que dá sentido ao álbum todo: A morte nunca esteve tão viva.

Final. Monstro renegado que vagueia à procura de sua paz. Talvez todo mundo já se sentiu assim algum dia. A faixa encerra bem o disco contando a releitura de uma história já bem conhecida de todos. Melodiosa e com backing vocals que puxam a cantar junto, “Abominável Criatura” faz um fechamento deixando o desejo de ouvir tudo de novo hahahah.

Minha conclusão é certeira. Ótimo disco, ótima produção, ótimas músicas, ótimo visual. O bando está de parabéns e vale a pena reservar um tempo pra ouvir com atenção e captar cada detalhe.

Por: Filipe “Costela”, guitarrista e fundador do Trincaosso

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